No franchising, se é para crescer, que seja na crise
Jornal Diário do Comércio - Por Karina Lignelli 11 de Setembro de 2020 às 07:00
FRANCHISING DA CONSTRUÇÃO
O setor que apresentou 15 semanas seguidas de crescimento desde maio - o da construção civil - não poderia fazer diferente no franchising. Exemplo que ilustra bem esse avanço é a Pinta Mundi Tintas.
Há 30 anos na ativa, a rede não só tem dobrado o número de unidades na pandemia - de 20 para 40 -, como tem batido recordes de faturamento. Só em julho, a alta ficou 122% acima da meta projetada para o mês.
A operação enxuta, com alto controle de gastos, boa negociação de preços com fornecedores, estoque dimensionado para alto giro e lucratividade puxaram a alta, segundo o fundador Nassim Katri.
Os novos hábitos criados pelo isolamento e pelo home office, que favoreceram o mercado de obras e reformas residenciais, também ajudaram na expansão da rede.
"Foi uma mudança cultural forte: a pandemia criou a tendência de valorizar o lar, a casa... Então, realmente conquistamos recordes de faturamento, baseados em uma comunicação simples e mostrando o beneficio de que, com pouco dinheiro, as pessoas podem melhorar sua qualidade de vida", afirma.
Outros fatores também colaboraram para atrair novos franqueados, diz Katri, como a loja compacta e o custo de investimento acessível (a partir de R$ 159 mil), além dos muitos imóveis vazios, que facilitam negociar os pontos.
E a disponibilidade de mão de obra, que abriu caminho para investidores como o ex-bancário Klaus Martins, que já planejava entrar para o franchising após 15 anos no setor financeiro.
Avaliando marcas, riscos e oportunidades de empreender desde 2018, optou por se tornar franqueado da Pinta Mundi. E inaugurou sua loja em julho último, na Vila Maria (Zona Norte da capital paulista).
A escolha foi feita por observar que a rede vem crescendo e abrindo lojas todos os meses, mesmo com a crise, afirma. "Isso mostra que ela está bem posicionada no mercado de tintas.”
Outros diferenciais que o levaram a investir em uma franquia nesse momento, segundo Martins, são a simplicidade da operação, o volume negociado pelo franqueador, e a composição de mix de produtos da loja.
"Como loja individual, eu não teria condições e preço que tenho sendo franqueado. Além disso, os treinamentos são fundamentais para conquistar conhecimento técnico”, afirma ele, que diz que, no primeiro mês, bateu em 115% a meta da franqueadora, e espera um aumento de 50% nas vendas até dezembro.
Mas negócios como a Pinta Mundi e a Mr.Fit manterão o crescimento sustentável no pós-crise? Para Cláudia Bittencourt, sócia-fundadora e diretora geral do Grupo Bittencourt, se bem estruturados, vão continuar sim.
Porém, os potenciais franqueados devem ficar atentos nesse momento, pois devem avaliar a consistência e a estrutura do negócio, de acordo com critérios técnicos e pesquisas que devem ser realizadas antes de assinar qualquer compromisso ou efetuar qualquer taxa.
"Tanto para empresários que passarão a expandir seus negócios, como o empreendedor que pretende abrir o seu negócio próprio, o olhar para o franchising vai ser potencializado pós-pandemia", sinaliza.
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